
terça-feira, 30 de junho de 2009
domingo, 28 de junho de 2009
Assim caminha a humanidade...
O mais importante...
As Meninas
Arabela
abria a janela.
Carolina
erguia a cortina.
E Maria
olhava e sorria:
"Bom dia!"
Arabela
foi sempre a mais bela.
Carolina
a mais sábia menina.
E Maria
Apenas sorria:
"Bom dia!"
Pensaremos em cada menina
que vivia naquela janela;
uma que se chamava Arabela,
outra que se chamou Carolina.
Mas a nossa profunda saudade
é Maria, Maria, Maria,
que dizia com voz de amizade:
"Bom dia!"
Cecília Meireles
Ou isto ou Aquilo Nova fronteira
sábado, 27 de junho de 2009
Mais de Drummond...
Carlos Drummond de Andrade
"NO MEIO DO CAMINHO"
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.
Sigam-me os bons!!
Não serei o poeta de um mundo caduco. Carlos Drummond de Andrade |
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Morre o homem; fica o mito!

"Extremamente carismático, extremamente talentoso, extremamente polêmico..."
Will You be There (tradução)
Michael Jackson
Composição: Michael Jackson
Me abrace
Como o Rio Jordão
E então eu lhe direi
Você é meu amigo
Leve-me
Como se você fosse meu irmão
Me ame como uma mãe
Você estará lá?
Quando cansado
Me diga se você vai me segurar
Quando errado você vai me dirigir
Quando perdido você vai em achar?
Mas eles me dizem
Um homem deve ter fé
E seguir mesmo quando não dá
Mas eu só um humano!
Todo mundo quer me controlar
Parece que o mundo
Tem um papel para mim
Estou tão confuso!
Você estará lá para mim
E se importar o suficiente para me suportar?
(Me abrace)
(Encoste sua cabeça devagar)
(Suave e corajosamente)
(Me leve até lá)
(Me guie)
(Me ame e me alimente)
(Me beije e me liberte)
(Me sentirei abençoado)
(Me leve)
(Me leve com coragem)
(Me levante devagar)
(Me leve até lá)
(Me salve)
(Me cure e me lave)
(Suavemente me diga)
(Eu estarei lá)
(Me levante)
(Me levante devagar)
(Me leve corajosamente)
(Me mostre que você se importa)
No nosso momento mais sombrio
No meu pior desespero
Você ainda vai se importar?
Você estará lá?
Nas minhas provações
E minhas tribulações
Pelas minhas dúvidas
E frustrações
Na minha violência
Na minha turbulência
Pelo meu medo
E minhas confissões
Na minha angústia e minha dor
Pela minha alegria e minha culpa
Na promessa de um
Outro amanhã
Nunca deixarei você partir
Pois você está no meu coração para sempre.
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Noite Estrelada
Espere um tempo
ela tem seu tempo de cair
e saciar a sede da terra;
Não apresses o pôr do Sol,
ele tem seu tempo de anunciar
o anoitecer até seu último raio de luz;
Não apresses tua alegria,
ela tem seu tempo para aprender com a tua tristeza;
Não apresses teu silêncio,
ele tem seu tempo de paz após o barulho cessar;
Não apresses teu amor,
ele tem seu tempo de semear mesmo
nos solos mais áridos do teu coração;
Não apresses tua raiva,
ela tem seu tempo para diluir-se
nas águas mansas da tua consciência;
Não apresses o outro, pois ele tem seu
tempo para florescer aos olhos do Criador;
Não apresses a ti mesmo,
pois precisas de tempo para sentir a tua própria evolução!
Autor desconhecido
" Os olhos são a janela da alma"

quem olha para dentro, desperta."
Carl Young
Shakespeare
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Perguntaram ao Dalai Lama...

-O que mais te surpreende na humanidade?
".... Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde.
E por pensarem ansiosamente no futuro esquecem do presente de forma que acabam por não viver nem no presente nem no futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido."
terça-feira, 23 de junho de 2009
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Poesia que aflora no inverno
sexta-feira, 19 de junho de 2009
YouTube - Coisas que eu sei - Jorge Vercillo e Dudu Falcão
As noites ficam claras
No raiar do dia
Coisas que eu sei
São coisas que antes
Eu somente não sabia
E agora eu sei
Agora eu sei"
YouTube - Coisas que eu sei - Jorge Vercillo e Dudu Falcão
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Como se morre de velhice

Como se morre de velhice
Cecília Meireles
Como se morre de velhice ou de acidente
ou doença, morro, Senhor, de indiferença.
Da indiferença deste mundo onde o que
se sente e se pensa não tem eco, na ausência imensa.
Na ausência , na areia movediça onde se escreve
igual sentença para o vencido e o que vença.
Salva-me Senhor, do horizonte sem estímulo
ou recompensa, onde o amor equivale à ofensa.
De boca amarga e alma triste sinto a minha
própria presença num céu de loucura suspensa.
( Já não se morre de velhice, nem acidente,
nem de doença, mas, Senhor, só de indiferença.)
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Você tem fome de que?

Titãs
Composição: Arnaldo Antunes / Marcelo Fromer / Sérgio Britto
Comida é pasto!
Você tem sede de que?
Você tem fome de que?...
A gente não quer só comida
A gente quer comida
Diversão e arte
A gente não quer só comida
A gente quer saída
Para qualquer parte...
A gente não quer só comida
A gente quer bebida
Diversão, balé
A gente não quer só comida
A gente quer a vida
Como a vida quer...
Bebida é água!
Comida é pasto!
Você tem sede de que?
Você tem fome de que?...
A gente não quer só comer
A gente quer comer
E quer fazer amor
A gente não quer só comer
A gente quer prazer
Prá aliviar a dor...
A gente não quer
Só dinheiro
A gente quer dinheiro
E felicidade
A gente não quer
Só dinheiro
A gente quer inteiro
E não pela metade...
Bebida é água!
Comida é pasto!
Você tem sede de que?
Você tem fome de que?...
A gente não quer só comida
A gente quer comida
Diversão e arte
A gente não quer só comida
A gente quer saída
Para qualquer parte...
A gente não quer só comida
A gente quer bebida
Diversão, balé
A gente não quer só comida
A gente quer a vida
Como a vida quer...
A gente não quer só comer
A gente quer comer
E quer fazer amor
A gente não quer só comer
A gente quer prazer
Prá aliviar a dor...
A gente não quer
Só dinheiro
A gente quer dinheiro
E felicidade
A gente não quer
Só dinheiro
A gente quer inteiro
E não pela metade...
Diversão e arte
Para qualquer parte
Diversão, balé
Como a vida quer
Desejo, necessidade, vontade
Necessidade, desejo, eh!
Necessidade, vontade, eh!
Necessidade...
terça-feira, 16 de junho de 2009
A Persistência da Memória
PASSAGEM DAS HORAS
Trago dentro do meu coração,
Como num cofre que se não pode fechar de cheio,
Todos os lugares onde estive,
Todos os portos a que cheguei,
Todas as paisagens que vi através de janelas ou vigias,
Ou de tombadilhos, sonhando,
E tudo isso, que é tanto, é pouco para o que eu quero.
A entrada de Singapura, manhã subindo, cor verde,
O coral das Maldivas em passagem cálida,
Macau à uma hora da noite... Acordo de repente...
Yat-lô--ô-ôôô-ô-ô-ô-ô-ô-ô...Ghi-...
E aquilo soa-me do fundo de uma outra realidade...
A estatura norte-africana quase de Zanzibar ao sol...
Dar-es-Salaam (a saída é difícil)...
Majunga, Nossi-Bé, verduras de Madagascar...
Tempestades em torno ao Guardafui...
E o Cabo da Boa Esperança nítido ao sol da madrugada...
E a Cidade do Cabo com a Montanha da Mesa ao fundo...
Viajei por mais terras do que aquelas em que toquei...
Vi mais paisagens do que aquelas em que pus os olhos...
Experimentei mais sensações do que todas as sensações que senti,
Porque, por mais que sentisse, sempre me faltou que sentir
E a vida sempre me doeu, sempre foi pouco, e eu infeliz.
A certos momentos do dia recordo tudo isto e apavoro-me,
Penso em que é que me ficará desta vida aos bocados, deste auge,
Desta entrada às curvas, deste automóvel à beira da estrada, deste aviso,
Desta turbulência tranqüila de sensações desencontradas,
Desta transfusão, desta insubsistência, desta convergência iriada,
Deste desassossego no fundo de todos os cálices,
Desta angústia no fundo de todos os prazeres,
Desta sociedade antecipada na asa de todas as chávenas,
Deste jogo de cartas fastiento entre o Cabo da Boa Esperança e as Canárias
Não sei se sinto de mais ou de menos, não sei
Se me falta escrúpulo espiritual, ponto-de-apoio na inteligência,
Consangüinidade com o mistério das coisas, choque
Aos contatos, sangue sob golpes, estremeção aos ruídos,
Ou se há outra significação para isto mais cômoda e feliz.
Seja o que for, era melhor não ter nascido,
Porque, de tão interessante que é a todos os momentos,
A vida chega a doer, a enjoar, a cortar, a roçar, a ranger,
A dar vontade de dar gritos, de dar pulos, de ficar no chão, de sair
Para fora de todas as casas, de todas as lógicas e de todas as sacadas,
E ir ser selvagem para a morte entre árvores e esquecimentos,
Entre tombos, e perigos e ausência de amanhãs,
E tudo isto devia ser qualquer outra coisa mais parecida com o que eu penso,
Com o que eu penso ou sinto, que eu nem sei qual é, ó vida.
Cruzo os braços sobre a mesa, ponho a cabeça sobre os braços,
É preciso querer chorar, mas não sei ir buscar as lágrimas...
Por mais que me esforce por ter uma grande pena de mim, não choro,
Tenho a alma rachada sob o indicador curvo que lhe toca...
Que há de ser de mim? Que há de ser de mim?
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( Pseudônimo de Fernando Pessoa)
" O inferno são os outros" Sartre
Os Outros
terça-feira, 9 de junho de 2009
segunda-feira, 1 de junho de 2009
GENTE... EU ADOOROO TAPETE DE MELANCIA!!
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