A melhor coisa que me aconteceu neste último ano que se passou, foi assumir a responsabilidade sobre meus atos. Sim, eu marmanjo velho, aos 44 anos de idade, ainda não tinha noção real do que é ser responsável. Não esta responsabilidade carimbada que a sociedade nos vende, esta ideia abstrata de trabalhar e produzir, pois isto nunca me faltou, mas aquela ideia de saber que a cada ação, vem uma reação. A cada coisa que faço, tenho que pagar o preço por ela. Cansei do imobilismo, da anestesia, de responsabilizar os outros por problemas que são somente meus. De culpar os outros pelos meus erros, de escolher o caminho mais fácil.
Cansei de deixar o copo de mate na praia junto com o papel do canudo para depois reclamar que as praias do Rio são imundas;
Cansei de jogar papel no chão e depois praguejar contra o prefeito, que não faz o dever de casa limpando os bueiros para evitar as enchentes;
Cansei de reclamar do trânsito violento e a cada carro que me ultrapassa acelerar mais e impedir sua passagem;
Cansei de praguejar nas ruas contra os carros que avançam sinais e eu fazer o mesmo "porque estou atrasado;
Cansei de deixar meu filho fazer xixi no canteiro e reclamar do mau cheiro que domina o Rio;
Cansei de ser IXPERTU;
Cansei de reclamar dos mendigos que dramatizam a miséria em busca de esmola, que usam suas crianças para conseguir dinheiro, e na próxima esquina dar um trocado a quem me pede;
Enchi o saco de ser incoerente.
Domingo, estava indo para o metrô com meus dois filhos e vi um carro dando marcha a ré. Apontei para ele, estufei o peito e mostrei aos meninos: "É por isso que se deve olhar para os dois lados da rua antes de atravessá-la", sentenciei. E imediatamente lembrei que, quando tinha carro, cansei de fazer tal manobra - com eles no banco de trás.
Não quero mais a incoerência na minha vida. Não, definitivamente não quero - o que, infelizmente, não quer dizer que nunca mais o serei. Mas só de ter consciência destes defeitos de caráter, já me alivio. É um primeiro passo para evitar a repetição insana dos mesmos erros esperando resultados diferentes.
Não compactuo mais com a ignorância.
Não compactuo mais com a violência.
Não uso mais drogas.
Não bebo mais.
Só por hoje.
Cansei de deixar o copo de mate na praia junto com o papel do canudo para depois reclamar que as praias do Rio são imundas;
Cansei de jogar papel no chão e depois praguejar contra o prefeito, que não faz o dever de casa limpando os bueiros para evitar as enchentes;
Cansei de reclamar do trânsito violento e a cada carro que me ultrapassa acelerar mais e impedir sua passagem;
Cansei de praguejar nas ruas contra os carros que avançam sinais e eu fazer o mesmo "porque estou atrasado;
Cansei de deixar meu filho fazer xixi no canteiro e reclamar do mau cheiro que domina o Rio;
Cansei de ser IXPERTU;
Cansei de reclamar dos mendigos que dramatizam a miséria em busca de esmola, que usam suas crianças para conseguir dinheiro, e na próxima esquina dar um trocado a quem me pede;
Enchi o saco de ser incoerente.
Domingo, estava indo para o metrô com meus dois filhos e vi um carro dando marcha a ré. Apontei para ele, estufei o peito e mostrei aos meninos: "É por isso que se deve olhar para os dois lados da rua antes de atravessá-la", sentenciei. E imediatamente lembrei que, quando tinha carro, cansei de fazer tal manobra - com eles no banco de trás.
Não quero mais a incoerência na minha vida. Não, definitivamente não quero - o que, infelizmente, não quer dizer que nunca mais o serei. Mas só de ter consciência destes defeitos de caráter, já me alivio. É um primeiro passo para evitar a repetição insana dos mesmos erros esperando resultados diferentes.
Não compactuo mais com a ignorância.
Não compactuo mais com a violência.
Não uso mais drogas.
Não bebo mais.
Só por hoje.
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