sexta-feira, 17 de julho de 2009

Inspiração



Se eu pudesse deixar algum presente a você
deixaria aceso o sentimento de amar a vida.
A consciência de aprender tudo
o que foi ensinado pelo tempo afora.
Lembraria os erros que foram cometidos para que não mais se repetissem.
Daria a capacidade de escolher novos rumos, novos caminhos.
Deixaria, se pudesse, o respeito àquilo que é indispensável.
Além do pão, o trabalho.
Além do trabalho, a ação.
Além da ação o cultivo à amizade.
E, quando tudo mais faltasse, deixaria um segredo:
O de buscar no interior de si mesmo a resposta
e a força para encontrar a saída.

Mahatma Gandhi

quinta-feira, 16 de julho de 2009

" Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás" Che Guevara



"Sejam espertos como as cobras
e sem maldade como as pombas"

Mateus 10:16


Não, não vou falar de política. Essa frase, de Che Guevara, está martelando em minha cabeça (como um mantra) já faz alguns dias! Então resolvi por pra fora... pra ver se assim resolvo o problema.Vou falar dos nossos relacionamentos, que não deixam de ser políticos... Como equilibrar a firmeza e a ternura? Como manter o bom senso e o equilíbrio, diante de problemas e pessoas que nos tiram do sério? Acredito que esse seja um aprendizado que leve uma vida inteira, e que muitos infelizmente, não concluem satisfatoriamente essa matéria na escola da vida! Bem, eu estou aqui (viva), tentando ser justa, firme e ponderada, sem apelar para a grosseria e nem cair na intolerância, e ainda dosando as reações para dar a cada um, não o que merecem, mas a justa medida! Que Deus me ajude...



"Qualquer um pode zangar-se - isto é fácil!
Mas zangar-se com a pessoa certa,
na medida certa, na hora certa, pelo motivo certo
e da maneira certa - isto é muito difícil!"
Aristóteles

quarta-feira, 15 de julho de 2009

"Filosofia não enche a barriga de ninguém"

Ricardo Coração de Leão

Meu filho! Filosofia não enche a barriga de ninguém!” Isso mesmo! O negócio é encher o bucho. Afinal, saco vazio não pára em pé. Os cachorros comem, os macacos comem, os cavalos comem... E os jumentos comem prá sobreviver. O importante é encher o ventre. “Comamos e bebamos, porque amanhã morreremos”. Lema de antigos filósofos epicureus. Dualismo entre corpo e espírito. Gnóstico. Por falar em dualismo, coisa de Platão... Voltando à vaca fria (ruminante): O mais importante, então, seria o ventre. Cheio.

O que enche a barriga? Feijão, arroz, carne... Carne? Desde que você não seja vegetariano. Vegetal. Diferente de animal. Lembro agora de Aristóteles, que disse: “O homem é um animal político”. Por falar em Aristóteles, este talvez não precisasse de dieta, pois era peripatético... Voltemos aos vegetais. Entre os tais, leguminosas verdes, cor que percebo empiricamente. Conhecimento a posteriori. Mera impressão do sujeito? A cor realmente existe? Ontologicamente? Ou será tudo uma construção do sentido? O que você me diz, Berkeley? Por falar em verde, lembrei-me da Amazônia brasileira. Coisa estupenda! Impressionante e sobrenatural! Sobrenatural? É idéia tomista. Argumento teleológico. O design inteligente. Invenção escolástica, pois a causalidade não seria uma quimera? Puro hábito? Pulei de Tomás a Hume. Eis-me aqui, agnóstico. Onde estava mesmo? Ah, sim. Amazônia brasileira. Do Brasil verde e amarelo. “Ordem e Progresso” na flâmula. Lema positivista. De Augusto Comte.

Pare! Hora de ser pragmático, como James, ou utilitário, como Mill. Amanhã é sábado, dia de feira. Dia de comprar legumes... e carnes! Saco vazio não pára em pé. Compro peixe ou porco? Peixe. Símbolo cristão. Cristianismo, agostiniano, medieval, como Anselmo. Este, do argumento ontológico. Deus, o Infinito, a maior idéia, perfeita... Volto ao peixe. Qual peixe? De água doce ou salgada? Água, um dos quatro elementos... Pré-socráticos: Tales, Zenão, Pitágoras, Parmênides, Heráclito... Eureca! Achado arquimediano: peixe de água doce. Afinal, Heráclito lembrou-me o rio: “Uma pessoa não pode banhar-se duas vezes no mesmo rio”. Peixe! Legumes e peixes. Comida bem cristã... Lembra a Quaresma. E Quaresma, por antítese (não a de Hegel), lembra glutonaria. Um dos sete pecados capitais. Essa não! Tomás de Aquino novamente? Confissões, roteiro agostiniano... do racionalismo teológico. Confesso hoje, pois amanhã compro o peixe. Amanhã? “O passado não é mais, o futuro ainda não é, se o presente fosse sempre presente, seria eternidade”. Agostinho de novo! Para quem não há três tempos, somente o presente.

Quanto dinheiro levo pra comprar os legumes e o peixe? Dinheiro! Vil metal. Pra que dinheiro? Sem dinheiro, vou morar num barril. Como Diógenes, o cínico! Prefiro a cicuta, tal qual Sócrates, o parteiro. Sócrates ou Diógenes? Dúvida cruel. Nada metódica. Nada cartesiana. Ok. Chega! Vinte Reais devem ser suficientes. Afinal, peixe de água doce, e leguminosas verdes. Prato simples, básico, quase estóico. Suficiência. Ética do justo meio. Equilíbrio, aristotélico.

Dia de feira! Vinte Reais no bolso! Reais do Fernando Henrique. Presidente-filósofo! Antes do Lula. Ex-operário. Sindicalista, de classe. Classe operária. Karl Marx. Gramsci e os intelectuais orgânicos. Comprometidos com a classe. Qual? Alienação? Teologia da Libertação? Volto aos Reais. Coisa de burguês. Liberalismo, de John Locke... Feira barulhenta. Popular. Fervilhando. Cidade dos Homens por oposição à Cidade de Deus. Uns compram, outros vendem... e os atravessadores. E os camponeses, produtores. Olho as verduras. Verdura vem de verde. A cor. Aquela! Tudo isto me confunde os sentidos. Sentidos do Francis Bacon... Ah, um x-bacon! Idéia empírica. Deixo o bacon e penso no peixe. Pare de pensar. Tabula rasa? Reflito novamente.

Diante do feirante. Operário ou burguês? Explorado ou explorador? Explorador! Sete reais o quilo da tilápia (peixe de água doce). Compro umas postas de salmão. Importado. Comércio internacional. Mercantilismo. Iluminismo. Kant. Agnóstico. Imperativo categórico: Comprar o peixe... e a verdura. “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”. Salmão, salsinha, coentro, tomate (vermelho, fora da estação)... Tudo caro. Exploração novamente. Feirante? Povo alienado! Inconsciente coletivo, de Freud. “Operários do mundo inteiro, uni-vos!” Rosa Luxemburgo. Daí para a Escola de Frankfurt. Voltemos ao comércio. Livre. Dos iluministas. De Adam Smith. Feirante boa gente. Figura simpática. O meio que o corrompe. Rousseau. Feirante bom selvagem? Nada a ver! Nem na feira a vida parece fazer sentido. Ah, a existência! Sartre e o existencialismo... E o niilismo? De Nietzsche... Que deve ter tido razões pra acabar no sanatório. Freud explica!

Volto para casa. Ah, a Liberdade! O tempo passa. Tempo agostiniano. Sem dinheiro, essa coisa imanente. Menos números. Números pitagóricos. De volta ao monismo... Asso o peixe? Idéia (não inata): Moqueca! Água fervendo, para a moqueca. Causalidade? Todo cozido requer água e fogo. A moqueca de peixe é um cozido. Logo, sem água e fogo eu não terei a minha moqueca. Lógica formal. Termo maior: água e fogo; termo menor: moqueca de peixe; termo médio: cozido. Silogismo, categórico! A água ferve... Lá “atrás” a causa eficiente, o primeiro motor, movente e não movido. Atualidade pura. Realismo dogmático. Certezas: (a) o fogo queima; (b) a água ferve; (c) a moqueca. Pirro e Hume, seus céticos!

Peixe bonito. Evoluído. Seleção natural. Darwin. Dialética hegeliana... Stop! “Filosofia não enche a barriga de ninguém”! Vamos comer. Antes, porém, dar graças, seu ingrato. Gratidão, virtude cristã. Então oro. Deus... Existe? Claro. Qual? Sou agostiniano. Paulo de Tarso. Jesus Cristo. Kant sai da área... E o ateísmo de Feuerbach e Marx – que disse “religião é ópio do povo”. Volto para Agostinho... Paulo de Tarso... Transcendência. Lembro: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus”. Jesus Cristo, o Logos! Vida, Caminho e Verdade. “Que é a verdade?” – perguntou Pilatos? Conhece? Epistemologia. Que é conhecimento? Bíblia, Palavra de Deus, palavra belíssima! Ah, a Beleza! Do Banquete, platônico? Beleza da Estética, filosófica. O que é o belo? No sujeito ou no objeto? “Nem só de pão viverá o homem”, resposta do Mestre ao tentador. Maligno. Mal. O que é o Mal? Agostinho de novo... Inclusive Einstein. Maligno no Inferno. E aparece Dante (e Beatriz). Muito bem: o homem viverá da Palavra. Quem? O homem. Que é o Homem? De onde vim? Por que estou aqui? Para onde vou? Eternidade? Imortalidade? Conceito útil? Imperativo hipotético? De Kant? Stuart Mill? Pare! Jesus Cristo: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a Palavra...”. Ah, a Palavra! Nominalismo? De Guilherme de Ockham? O pensamento voa. Wittgenstein. Habermas. Virada lingüística! Século XX. Meu passado. Tempo agostiniano: Século XXI.

Tempo de comer. O salmão com molho. Molho verde (de verdura). Depois da oração, o salmão. Este, chileno, alaranjado, quase vermelho... Chileno como Neruda e Allende... Socialistas. (Pinochet) entre parênteses... Vermelho da esquerda (não o verde, dos ecologistas)... Esquerda (do parlamento, na Revolução Francesa, Iluminismo)... Guevara, PT... Este não mais! Mundo confuso. Meio surreal. Existencial. Kierkegaard.

"Morrendo de fome", concluo, como Voltaire, que "existe uma grande diferença entre o pensamento e o alimento sem o qual não conseguiria pensar". "Jamais consegui entender como e por que as idéias desvanecem-se quando a fome faz languidescer meu corpo e como elas reaparecem quando estou alimentado". Um aforismo de Descartes é: "Se não se come, não se pensa". Pronto! Síntese dialética: comamos! “Filosofia não enche a barriga de ninguém”. Racionalismo digestivo. Não cogito de não comer. Então como, logo, existo! Não posso existir e não existir ao mesmo tempo e no mesmo sentido ou relação. Lei da não-contradição. Insisto: existo? Ou não seria tudo uma ilusão, aparência, sofística? Como como, com uma dúvida dessas?

(Texto utilizado para introduzir debate em classe

de adolescentes e jovens, alunos de Filosofia.

Ao final, foi introduzida a discussão

sobre os conceitos de Revelação, Fé e Razão)


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segunda-feira, 13 de julho de 2009

Limões e limonadas...


"Dificuldades reais podem ser resolvidas;

apenas as imaginárias são insuperáveis."

Theodore N. Vail

Todos nós temos problemas para serem solucionados, obstáculos a serem vencidos e conflitos a serem superados. A vida é uma eterna superação... Brancos e negros, ricos e pobres, altos e baixos, cultos e incultos, cada qual com seu farnel! O que distingue um homem de sucesso de outro menos satisfeito, é a maneira de encarar e superar os desafios que vão surgindo a cada dia. O que se abate e desiste, fatalmente irá se sentir um perdedor! Como já dizia o poeta: A vida é uma escola... e estamos aqui para aprender! Pegue então o seu limão de cada dia e deleite-se saboreando uma deliciosa limonada! Carpe Diem!

YouTube - The Secret - Planet Earth HD

YouTube - The Secret - Planet Earth HD

Imagens belíssimas do nosso maravilhoso e amado planeta!

Amor



"Nunca vi um campo de urzes,

Nunca vi o mar;

Mas sei como as urzes são

E posso as ondas imaginar.

Nunca falei com Deus

Nem visitei o céu;

Mas estou certa de que existe esse lugar

Como se tivesse um mapa nas mãos."




"Tudo o que sabemos do amor,

é que o amor é tudo que existe."

Emily Dicknson.

(poetisa)

1830-1886

domingo, 12 de julho de 2009

Contemplação


Anéis de Saturno

"Em todo o universo,
nada existe de mais parecido
com Deus que o silêncio."

Eckhart


"A mais nobre paixão humana é aquela que ama
a imagem da beleza em vez da realidade material.
O maior prazer está na contemplação."

-- Leonardo da Vinci--

sexta-feira, 10 de julho de 2009

The Composer |

Belissima animação em flash, conta a triste e em muitos casos a também real história de não só músicos, como também de pessoas comuns.

E mesmo estando em inglês a animação passa todo sua verdade através de sons e belissimas imagens.


"Amei João Filipe, obrigada!

Beijokas da Mamuska"


The Composer |

5 ao dia!



Alguns estudos provaram que comer 5 porções diárias de frutas ou hortaliças podem ajudar a reduzir o risco de várias enfermidades como o câncer e doenças do coração. Esses alimentos contêm vitaminas, fibras, minerais e ainda outras substâncias que nos ajudam a viver mais e melhor. Além disso, quando você come frutas e hortaliças, evita comidas gordurosas e industrializadas que não fazem bem para sua saúde. Quer motivo melhor para começar agora mesmo a fazer o 5 ao dia?

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Alimentação é vida!


"As frutas são alimentos protetores,
reguladores e ativadores das funções vitais."



abacate: combate a insônia
alface: TPM
banana: ansiedade
cacau e mel: tristeza
linhaça: compulsão alimentar e constipação
nozes e brócolis: falta de concentração, memória
sardinha: mau humor
soja (tofu, leite): ameniza a menopausa


Mangia che te fa bene!

Manutenção


Nu azul II - Matisse


Tudo na vida precisa de manutenção: nossa casa, nossos relacionamentos, nosso corpo, nossa alma, nossos instrumentos... Sem a bendita manutenção, nada funciona direito...a tendência natural das coisas é estragar, emperrar ou quebrar, infelizmente! Só o cuidado zeloso pode reverter, adiar ou minimizar tal processo...



Serra do Luar

composição: Walter Franco

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"Viver é afinar o instrumento
De dentro prá fora
De fora prá dentro
A toda hora, todo momento
De dentro prá fora
De fora prá dentro
A toda hora, todo momento
De dentro prá fora
De fora prá dentro

Tudo é uma questão de manter
A mente quieta
A espinha ereta
E o coração tranquilo
Tudo é uma questão de manter
A mente quieta
A espinha ereta
E o coração tranquilo
A toda hora, todo momento
De dentro prá fora
De fora prá dentro
A toda hora, todo momento
De dentro prá fora
De fora prá dentro"



YouTube - Leila Pinheiro - Serra do Luar - Ao Vivo

quarta-feira, 8 de julho de 2009

O Guardador de Rebanhos


I
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II

O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo comigo
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do mundo...
Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...
O mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo.

Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe porque ama, nem o que é amar...

Amar é a eterna inocência,
E a única inocência é não pensar...


Alberto Caeiro
( heterônimo de Fernando Pessoa)

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